
Augusto Nunes da Silva nasceu em 24 de setembro de 1949, em Taquaritinga (SP). Estudou Jornalismo durante três anos na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP/SP), mas não concluiu o curso.
Ainda estudante, foi revisor nos Diários Associados e, pouco depois, repórter de O Estado de S.Paulo. Foi repórter da revista Veja entre 1973 e 1986. No período, escreveu 124 matérias de capa e ganhou três vezes o
Prêmio Esso de Jornalismo, em reportagens de equipe. A primeira foi em 1982, na categoria
Reportagem, com a matéria
O futuro abre clareiras na floresta, com
Hélio Teixeira,
Eurípedes Alcântara,
J. A. Dias Lopes e
Tales Alvarenga. As outras premiações vieram ambas em 1984, uma na categoria
Reportagem, com a matéria
Diretas Já, e a segunda na de
Informação Esportiva, com a cobertura dos
Jogos Olímpicos de Verão de Los Angeles, com
Dorrit Harazim, Tales Alvarenga e
Maurício Cardoso. Além disso, venceu dez
Prêmios Abril de Jornalismo.
Foi diretor da sucursal paulistana do Jornal do Brasil, antes de mudar-se para o Rio de Janeiro para ser editor-executivo da publicação. No final da década de 1980, atuou como chefe de Redação de O Estado de S.Paulo. Foi responsável por várias mudanças promovidas no jornal, entre elas a informatização da redação, a criação de cadernos temáticos, a introdução da cor e a nova edição de segunda-feira.
Depois de deixar o Estadão, dirigiu o jornal Zero Hora, em Porto Alegre (RS), onde consolidou a imagem de reformulador de jornais. Voltou para São Paulo após ser contratado como diretor de Comunicação do BankBoston. Na sequência, foi para a Editora Globo, primeiramente como colunista e depois como diretor da revista Época. Voltou para o Jornal do Brasil, onde recebeu mais um
Prêmio Esso, em 2004, na categoria
Especial de Primeira Página, com a matéria
Ministro Berzoini: Eu odeio filas, com
Octavio Costa,
Marcus Barros Pinto e
Nélio Barbosa Horta. Foi presidente da Forbes Brasil e vice-presidente Editorial do JB, mas fez com a empresa um acordo, no final de 2004, para deixar as funções executivas. Paralelamente, adquiriu, com outros membros da família Nunes, em 2004, o Nosso Jornal, de Taquaritinga, tradicional semanário fundado em 1948, o qual preside desde a aquisição.
Depois de um ano afastado de cargos de direção na grande imprensa, em que se dedicou ao colunismo político (JB e No Mínimo) e à Literatura, assumiu em janeiro de 2006 a Direção de Jornalismo da Companhia Brasileira de Multimídia (CBM), grupo editorial integrado pelo Jornal do Brasil, pela Gazeta Mercantil e a editora Peixes, sem deixar, então, de escrever os editoriais e as colunas Sete Dias e Coisas de Política, além de participar de reportagens especiais das publicações. Deixou o cargo em fevereiro de 2009.
Em março do mesmo ano, regressou à revista Veja, iniciando um novo trabalho com foco no mundo digital, como colunista do portal Veja.com, atuando como assíduo crítico dos governos petistas, acusando-o de prática de corrupção, tentativa de controle da Imprensa e de cerceamento da Democracia. Segundo as informações do grupo Abril, o número de acessos à
Coluna do Augusto Nunes passou de 1 milhão em dezembro de 2012. Coluna que segue assinando em 2015.
Na televisão, foi apresentador do programa
Roda Viva, da TV Cultura, entre 1987 e 1989. Antes e depois de ancorar o programa, participou várias vezes da bancada de entrevistadores, em sua versão antiga. Entre setembro de 2010 e agosto de 2011, foi um dos participantes fixos da nova fase programa, ao lado de
Marília Gabriela e
Paulo Moreira Leite. Voltou a ancorar o programa em agosto de 2013, e lá ainda permanece (set/2015). Também atuou na TV Bandeirantes e na JBTV, nesta em meados de 2007, onde apresentou o
talk show Verso&Reverso.
Organizou e editou o livro
Minha Razão de Viver: Memórias de Um Repórter (Record, 1980), a autobiografia de
Samuel Wainer (1910-1980). Escreveu as biografias
Tancredo (Nova Cultural, 1987) e
O Reformador: Um Perfil do Deputado Luís Eduardo Magalhães (Globo, 2001), este com
Geraldo Mayrink (1942-2009), participou do livro
Os Presidenciáveis: Vida, Obra e Promessas dos Candidatos ao Palácio do Planalto (Francisco Alves, 1994), organizado por
Hugo Studart, e lançou
A Esperança Estilhaçada: Crônica da Crise que Abalou o PT e o Governo Lula (Planeta, 2005).
Foi entrevistado para o livro
Eles Mudaram a Imprensa: Depoimentos Ao Cpdoc (FGV, 2003), incluído numa seleção dos seis jornalistas que tiveram uma participação fundamental na reformulação ou na criação de órgãos de Imprensa brasileiros nas últimas três décadas do século 20, cujas inovações por eles introduzidas tiveram repercussão em toda a Imprensa do País e contribuíram para desenhar a face que ela tem hoje, feita pela Fundação Getúlio Vargas. Figura na relação ao lado de
Evandro Carlos de Andrade (1931-2001),
Alberto Dines,
Mino Carta,
Roberto Müller Filho e
Otavio Frias Filho.
É pai da jornalista Branca Nunes.
Atualizado em setembro/2015 – Portal dos Jornalistas
Fontes:
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/tag/1-minuto-com-augusto-nunes/